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delas, quando são novos e o seu sentido ainda não foi explicado por uma definição, e desta espécie existem
muitos, inventados pelos homens das Escolas e pelos filósofos confusos.
Uma outra espécie, quando se faz de dois nomes um só nome, muito embora suas significações sejam
contraditórias e inconsistentes, como por exemplo este nome, corpo incorpóreo, ou (o que é o mesmo)
substância incorpórea, e um grande número de outros como estes. Pois sempre que qualquer afirmação seja
falsa, os dois nomes pelos quais é composta, postos lado a lado e tornados num só, não significam
absolutamente nada. Por exemplo, se for uma afirmação falsa dizer "um quadrângulo é redondo", a expressão
quadrângulo redondo nada significa e é um simples som. Do mesmo modo, se for falso dizer que a virtude
pode ser infundida, ou insuflada e retirada, as expressões virtude infundida, virtude insuflada, são tão
absurdas e insignificantes, como um quadrângulo redondo. E portanto dificilmente encontraremos uma
palavra destituída de sentido e insignificante que não seja formada por alguns nomes latinos ou gregos. Um
francês raras vezes ouve chamar nosso Salvador pelo nome Palavra, mas muitas vezes pelo nome de Verbo, e
contudo Verbo e Palavra em nada mais diferem senão no fato de uma ser latina e outra francesa.
Quando um homem ao ouvir qualquer discurso tem aqueles pensamentos para os quais as palavras
desse discurso e a sua conexão foram ordenadas e constituídas, então dizemos que ele o compreendeu, não
sendo o entendimento outra coisa senão a concepção causada pelo discurso. E portanto se a linguagem é
peculiar ao homem (como pelo que sei deve ser), então também o entendimento lhe é peculiar. E portanto não
pode haver compreensão de afirmações absurdas e falsas, no caso de serem universais; muito embora muitos
julguem que compreendem, quando nada mais fazem do que repetir tranqüilamente as palavras, ou gravá-las
em seu espírito.
Quando falar das paixões, falarei dos tipos de discurso que significam os apetites, as aversões, e as
paixões do espírito do homem, e também de seu uso e abuso.
Os nomes daquelas coisas que nos afetam, isto é, que nos agradam e desagradam, porque todos os
homens não são igualmente afetados pelas mesmas coisas, nem o mesmo homem em todos os momentos, são
nos discursos comuns dos homens de significação inconstante. Pois dado que todos os nomes são impostos
para significar nossas concepções, e todas as nossas afeições nada mais são do que concepções, quando
concebemos as mesmas coisas de forma diferente, dificilmente podemos evitar denominá-las de forma
diferente também. Pois muito embora a natureza do que concebemos seja a mesma, contudo a diversidade de
nossa recepção dela, no que se refere às diferentes constituições do corpo, e aos preconceitos da opinião, dá a
tudo a coloração de nossas diferentes paixões. Portanto, ao raciocinar, o homem tem de tomar cautela com as
palavras, que, além da significação daquilo que imaginamos de sua natureza, também possuem uma
significação da natureza, disposição, e interesse do locutor. Assim são os nomes de virtudes e vícios, pois um
homem chama sabedoria àquilo que outro homem chama temor, crueldade o que para outro é justiça,
prodigalidade o que para outro é magnanimidade, gravidade o que para outro é estupidez, etc. E portanto tais
nomes nunca podem ser verdadeiras bases de qualquer raciocínio. Como também não o podem ser as
metáforas, e os tropos do discurso, más estes são menos perigosos, pois ostentam sua inconstância, ao passo
que os outros não o fazem.
CAPÍTULO V
Da razão e da ciência
Quando alguém raciocina, nada mais faz do que conceber uma soma total, a partir da adição de
parcelas, ou conceber um resto a partir da subtração de uma soma por outra; o que (se for feito com palavras)
é conceber da conseqüência dos nomes de todas as partes para o nome da totalidade, ou dos nomes da
totalidade e de uma parte, para o nome da outra parte. E muito embora em algumas coisas (como nos
números), além de adicionar e subtrair, os homens nomeiem outras operações, como multiplicar e dividir,
contudo são as mesmas, pois a multiplicação nada mais é do que a adição conjunta de coisas iguais, e a
divisão a subtração de uma coisa tantas vezes quantas for possível. Estas operações não são características
apenas dos números, mal também de toda a espécie de coisas que podem ser somadas juntas e tiradas umas
das outras, Pois do mesmo modo que os aritméticos ensinam a adicionar e a subtrair com números, também os
geômetras ensinam o mesmo com linhas, figuras (sólidas e superficiais), ângulos, proporções, tempos, graus
de velocidade, força, poder, e outras coisas semelhantes. Os lógicos ensinam o mesmo com conseqüências de [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

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